terça-feira, 29 de março de 2011

RUA DO QUÊ? [2]

Dando continuidade aos nomes dos bairros e ruas de Salvador. Gente!! Tem coisas que nem eu sabia! Mas vamos lá, temos muito o que aprender sobre nossa cidade e nosso País.

AS AVENIDAS:


AV. ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES (A.C.M.)
Com suas pistas de 10,50m de largura e 6.400m de extensão, a Avenida Antônio Carlos Magalhães se destaca no conjunto das importantes vias de tráfego da cidade e, não possui nenhum batismo de origem popular. Coincide com o nome usado como endereço certo pela população, numa homenagem da Bahia àquele que tem sido o seu maior representante político ao longo das últimas décadas.


AV. MÁRIO LEAL FERREIRA (BONOCÔ)
A origem desse batismo é explicada pelo professor Waldeloir Rêgo, em texto publicado no livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia. Segundo ele, havia uma baixada (Baixa do Bonocô) que era uma pequena área de cultos afro, onde surgiu o nome que serve como batismo a todo esse vale (Vale do Bonocô).


AV. LAFAYETE COUTINHO (AV. DE CONTORNO)
Desde que foi aberta ao tráfego (1962) tem sido a principal via de ligação entre as Cidades Alta e Baixa, constituindo-se numa das importantes obras do sistema viário de Salvador. O seu batismo tem origem no traçado original das suas pistas, que sofreu diversas modificações ao deixar as pranchetas e passar à fase de execução.


AV. DENDEZEIROS DO BONFIM
Recebeu esse batismo pela existência de muitas palmeiras dessa espécie [dendezeiros], plantadas em toda a extensão, conforme justificava J. F. da Silva Lima, em trabalho datado de 1912 e produzido para a Companhia das Obras do Porto.


AV. DORIVAL CAYMMI
É batismo recente, mas a história daquele que é o maior cantor dos encantos da Bahia justifica a sua presença. A pista dupla, dividida por um canteiro central, tem 3,8 Km de extensão. Foi entregue ao tráfego em janeiro de 1985.


AV. JOANNA ANGÉLICA
Recebe esse batismo devido a abadessa sóror Joana Angélica, que foi morta no Convento da Lapa, por soldados portugueses, quando estes encontravam-se em confronto com as tropas brasileiras das quais saíram vitoriosos, no dia 19 de fevereiro de 1823.


AV. JORGE AMADO
Foi inaugurada em 03 de janeiro de 1986, (portanto, de batismo também recente) em homenagem ao grande escritor baiano Jorge Amado.


AV. LUIZ VIANNA (PARALELA)
Tem este nome pela circunstância de o seu traçado correr em paralelo à Avenida Oceânica (oficialmente Otávio Mangabeira). Construída em 1971, possui 16 Km de extensão. Suas pistas, duplas e separadas por um canteiro central, atravessam uma (região outrora apontada como um santuário ecológico), pois a área era ocupada por fazendas, rica vegetação, rios e lagoas, que abrigavam diversas espécies de animais.


AV. SETE DE SETEMBRO
É a principal - e mais extensa - via localizada na área central e uma das mais antiga de Salvador. Começa na Ladeira de São Bento e termina no largo do Farol da Barra. No caminho, ela vai se fracionando por força dos vários outros batismos que recebe, oriundos da presença, ao longo do seu percurso, de diversos edifícios e sítios históricos. O batismo principal e que engloba todos os demais dispensa maiores explicações por ser a data da Independência do Brasil.


AV. SUBURBANA
É batismo de origem popular, pois esta via foi aberta ao longo da linha de subúrbios de Salvador, anteriormente servida pelos trens da Rede Ferroviária Federal Leste Brasileiro.



OS BAIRROS:

BARBALHO
O bairro está localizado em terras que pertenceram a Luiz Barbalho Bezerra, de onde lhe vem o batismo.


BONFIM
Recebe esse batismo devido a existência da conhecida Igreja do Bonfim, que se localiza no bairro de mesmo nome.


BROTAS
O nome do bairro, como ocorre em incontáveis outros batismos populares de logradouros na Bahia, vem da corruptela popular de uma palavra: no caso Brotas por Grotas.


CARMO
Batismo extenso e curioso, mas que dá uma idéia exata do crescimento da cidade para além das (Portas do Carmo), que ficavam na altura do Largo do Pelourinho, sendo conhecidas anteriormente como Portas de Santa Catarina.


FAZENDA GARCIA
Recebe esse batismo devido a presença, antigamente, da fazenda do Conde Garcia D’Ávila. De fazenda, hoje, o Garcia só guarda o nome.


ITAPAGIPE
De origem indígena, significa (rio da taba ou aldeia) (taba-gy-pe).

ITAPUÃ
De origem indígena, significa (pedra que ronca). Tem esse nome por lá existir uma pedra que, antes de se partir, roncava na maré vazante.


PIATÃ
De origem tupi, significa (o persistente, o obstinado).


PIRAJÁ
Braço estreito de mar ao norte da península itapagipana, que se estende pela terra adentro com águas tranqüilas entre mangues, à sombra de montes empinados, significa do tupi (pira-ya) (capa de peixe), (lugar farto de peixe para o sustento dos pescadores).


PITUAÇU
De origem indígena, significa (pitu grande).


PITUBA
De origem indígena, significa (bafo, exalação, maresia).


RIBEIRA
Primitivamente a Ribeira, expressão portuguesa que quer dizer (ancoradouro para a reparação de naus), era uma colônia de pescadores e lugar de veraneio. Por ser esse um local de difícil acesso, demorou muito para ser habitado.


TORORÓ
É corruptela da palavra (itororó)(de origem tupi), que significa (o jorro, o enxurro, a enxurrada).



OS BECOS:

BECO DA AGONIA - NAZARÉ
Assim chamado por causa do desaparecido oratório que se localizava em uma das esquinas, sob a invocação de Senhor Bom Jesus da Agonia.


BECO DA ÁGUA DO GASTO
Recebe esse nome devido a separação que os ocupantes pioneiros da cidade primitiva faziam da água boa para o consumo humano e a água chamada por eles de (água para o gasto), mas que não servia para beber.


BECO DOS BARBEIROS
Possui esse batismo que retrata a organização tipicamente medieval trazida para a colônia pelos portugueses. Naquele tempo, homens que exerciam uma mesma profissão, de um modo geral, moravam na mesma rua, divertiam-se com as mesmas coisas, tinham sua festa religiosa em homenagem ao padroeiro da categoria e raramente aprendiam outra profissão que não aquela herdada dos pais, que, por sua vez, a herdaram de seus pais. Exemplos, dessa organização medieval reunia numa mesma área de moradia mestres, oficiais e aprendizes de uma atividade profissional única. Provavelmente, esse beco reunia os barbeiros, daí o seu nome.


BECO DOS CALAFATES
Também deve receber esse nome devido a existência, no passado de calafates (profissionais que se ocupam do ofício de calafetar os buracos que existiam nos cascos de pequenos barcos, saveiros e, também, navios, que àquele tempo ainda eram feitos de madeira), que, provavelmente, residiam nesse local.


BECO DE MARIA PAZ - CENTRO
Foi aberto no século XVII, ligando a Rua de São Bento a uma outra via que era na época a Rua de Baixo de São Bento (atual Carlos Gomes). Aparece registrado, como Beco de Maria Paes.


BECO DO MINGAU
É impossível de ser fixada no tempo a origem desse batismo de fácil hipótese para ser explicado: no local houve, em algum período da vida da cidade, algum ponto de venda de mingau, essa (iguaria de consistência pastosa, feita geralmente de leite açucarado e engrossado de farinhas de trigo, de mandioca, fubá de milho, etc.)


AS LADEIRAS:


LADEIRA DO ACUPE - BROTAS
É de origem tupi, que significa (no calor).


LADEIRA DOS AFLITOS - CENTRO
Origina-se da presença naquele local da Capela do Senhor dos Aflitos, que ainda hoje pode ali ser vista já transformada em igreja.


LADEIRA DOS BARRIS - BARRIS
É o plural de barril. Através de uma ladeira estreita, chegava-se nas margens do Dique do Tororó, em busca de água para uso doméstico. No local foram enterrados diversos (barris), visando com isso melhorar a qualidade da água que era ali apanhada, evitando que se turvasse ou enchesse de sujidades.


LADEIRA DA BARROQUINHA - CENTRO
Compreende-se por barroca (escavação natural, barranco), a depressão feita no terreno por ação de água corrente e impetuosa. O diminutivo que ainda hoje indica um dos acessos à Baixa dos Sapateiros - Barroquinha - foi incorporado ao cotidiano da cidade no início do século XVIII. Como aconteceu outras vezes, sua origem foi encontrada no espírito simples do povo, que se referia às águas que, na estação chuvosa, ali mansamente faziam o seu trabalho de erosão, escavando o terreno quando escorriam das Hortas de São Bento.


LADEIRA DO BOQUEIRÃO - SANTO ANTÔNIO
Denominação que ainda hoje indica a ladeira existente entre as ruas Direita de Santo Antônio e dos Adobes, tem sua origem na Irmandade de Nossa Senhora do Boqueirão, que existiu na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo, com o nome de Irmandade de Homens Pardos. Desapareceram a irmandade e a capela, porém o batismo da trincheira ali existente origina-se a denominação que permanece em uso na atualidade.


LADEIRA DO DESTERRO - NAZARÉ
Recebe esse batismo devido a construção de um mosteiro religioso no sítio de Nossa Senhora do Desterro.


LADEIRA DA FONTE NOVA - NAZARÉ

É batismo óbvio e origina-se da presença ali de um dos mais conhecidos pontos de abastecimento de água da cidade, quando a população ainda era atendida por fontes e chafarizes.


LADEIRA DO FUNIL - BARBALHO
O traçado cônico (ou afunilado) desta via determina o seu batismo.


LADEIRA DOS GALÉS - BROTAS
Datada de 1810, foi construída como ligação entre os bairros de Nazaré e Brotas, com a execução do primeiro aterro de parte do Dique do Tororó. O acesso foi batizado com o nome de Galés, que significa (trabalho forçado realizado por presos com correntes nos pés).


LADEIRA DA MISERICÓRDIA - CENTRO
Seu batismo oficial é Rua Padre Nóbrega, embora popularmente nunca tivesse sido conhecida por outro nome que não o de Ladeira da Misericórdia.


LADEIRA DA MONTANHA - CENTRO
Esse batismo resulta da presença de uma ladeira e de uma rua localizadas em uma montanha. Daí o seu nome de Ladeira da Montanha.


LADEIRA DOS PERDÕES - SANTO ANTÔNIO
Esse batismo surge com a instalação de um recolhimento para as beatas da ordem franciscana da Capela do Senhor Bom Jesus dos Perdões. Assim, apresenta uma semelhança com os demais batismos que tiveram sua origem na presença de estabelecimentos religiosos.


LADEIRA DA PREGUIÇA - CENTRO
Depois das ladeiras da Misericórdia e da Conceição, esta foi construída para mais uma opção de acesso de mercadorias do porto para a cidade, mercadorias essas que eram transportadas em carretões puxados a bois e empurrados por escravos que alegavam ser este um trabalho muito pesado, e por isso (dava preguiça). Daí ficaria conhecida como Ladeira da Preguiça.


LADEIRA DO PAU DA BANDEIRA - CENTRO
Este nome se originou de um mastro ali localizado, no qual eram hasteadas bandeiras para orientar a entrada de navios ao porto da cidade, desde os tempos de colônia.


LADEIRA DO TABOÃO - CENTRO
Quando do encerramento do Rio das Tripas, após a invasão holandesa, foram encontrados embaixo do quintal do Convento de São Francisco grossas vigas enterradas, o que levaria a supor que ali existiria uma ponte ou simplesmente um apanhado de tábuas postas sobre essas vigas. Esse lugar, por tal motivo, ficaria conhecido como Rua do Taboão.



OS LARGOS:

LARGO DOS AFLITOS - CENTRO
Esse batismo origina-se da presença da Igreja do Nosso Senhor dos Aflitos, em suas imediações.


LARGO DA CALÇADA - BONFIM
Registra J. F. da Silva Lima, em trabalho datado de 1912 e produzida para a Companhia das Obras do Porto, com o objetivo de realizar nova sondagem das águas da Baía de Todos os Santos, confrontando-a com aquela feita pelos holandeses em 1624, que: (... em 1638, o caminho para o Bonfim era pela praia e por Monte Serrat, só mais tarde se construiu, através dos mangues, o atual Caminho de Roma, até lá por meio de aterros e calçamento, de onde o nome Calçada do Bonfim, que se estendeu a toda a rua atual da Jequitaia).


LARGO DA BARROQUINHA - CENTRO
É escavação feita no terreno por ação da água corrente impetuosa. Deixou registrado o fato de que ali, na época das chuvas, a água sangrava mansamente.


LARGO DO CAMPO DA PÓLVORA - NAZARÉ
É assim chamado por ter existido ali uma fábrica de pólvora e munição necessária para a defesa da cidade até 1682, quando esta foi transferida para o Matatu.


LARGO DOIS DE JULHO - CENTRO
É logradouro da Segunda metade do século passado e seu batismo registra a data da Independência da Bahia, ocorrida em 02 de julho de 1823.


LARGO DOS DOIS LEÕES - BAIXA DE QUINTAS
Embora totalmente desfigurada pelas muitas remodelações sofridas, ainda sobrevive no largo uma casa com muro e gradil, em cujas pilastras que ladeiam o portão permanecem assentados dois animais de louça, representando as figuras de dois leões. Ao ser construída com esses ornamentos, resultou ser conhecida como (a casa dos dois leões), batismo que, abreviado pela costumeira comodidade popular, se estendeu a toda aquela área.


LARGO DA MADRAGOA - ITAPAGIPE
Nome de origem indígena, significa (lugar que é viveiro de crustáceo) do tipo (gaiamu). Foi aterrado para a instalação de um circo surgindo, assim, mais um logradouro público.


LARGO DA MARIQUITA - RIO VERMELHO
De origem indígena, significa (pequena povoação de homens brancos) (mairy-Qui).


LARGO DA MOURARIA - NAZARÉ
Local entre a Lapa e a Palma passou a ser, no século XVIII, área obrigatória para os acampamentos dos primeiros ciganos que, por provisão do Conselho Ultramarino, datada de 11 de abril de 1718, vieram degredados de Portugal.


LARGO DO PAPAGAIO - RIBEIRA
Não há referência à origem do nome desse largo, cujo registro é um dos muitos que registra espécime da variada fauna tropical.


LARGO DO PELOURINHO - CENTRO
Era nesse largo em que estavam as portas que fechavam a cidade. Igualmente ali se achava o pelourinho onde eram castigados os escravos e criminosos. Foi desativado em 1835.


LARGO DE ROMA - ROMA
Nos séculos XVIII e XIX existia ali, entre o largo e o mar, uma casa chamada (ROMA) com uma capela à invocação de Nossa Senhora de Roma, construídas pelos carmelitas calçados.


LARGO DAS SETE PORTAS - SETE PORTAS
Existia ali um casarão com sete portas iguais em altura, largura e adornos, dando, assim, o nome ao largo.


LARGO DO TANQUE - LIBERDADE
Existiu neste local um pequeno dique que deu origem ao batismo.


LARGO DO TERREIRO DE JESUS - CENTRO HISTÓRICO
O batismo completo desse logradouro já foi o Terreiro da Casa da Companhia de Jesus. A palavra terreiro compreendida aí como (pedaço de terra plano e largo), que se estendia na área em frente às construções ocupadas pelos Jesuítas nos primeiros tempos da cidade.


AS PRAÇAS:


PRAÇA CASTRO ALVES - CENTRO
O nome desta praça é uma homenagem ao (poeta dos escravos), Castro Alves.


PRAÇA DA SÉ - CENTRO
Recebe esse nome devido a existência, nessa praça, da Sé Primacial do Brasil, que foi demolida em 1933.


PRAÇA DODÔ E OSMAR - CENTRO
Apesar de possuir o seu nome tradicional que é Largo do Tororó, isso não invalida a tentativa de homenagear aqueles que inventaram (o maior símbolo do carnaval baiano) (o trio elétrico), Dodô e Osmar.


PRAÇA DOS VETERANOS - CENTRO
Na parte baixa da Ladeira da Praça, era o local onde residia o coronel Joaquim Antônio da Silva Carvalho, ponto de encontro de veteranos das lutas pela independência.


PRAÇA MUNICIPAL - CENTRO
O seu batismo, de origem eminentemente popular, e que indica a histórica presença ali dos principais setores do Poder Executivo do Município.



AS RUAS:


ESTRADA DA RAINHA - BAIXA DE QUINTAS
Por ter sido o único acesso ao Cemitério da Quinta dos Lázaros, inevitavelmente todo cortejo fúnebre passava por aquela artéria. Compreende-se que seja uma estrada, mas qual será a rainha? A morte?


RUA CARLOS GOMES - CENTRO
Seu nome atual é uma homenagem ao maestro e compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes.


RUA CHILE - CENTRO
Em 1902, o nome de Rua Chile foi dado em homenagem a esse país sul-americano logo após a visita de esquadra chilena, que foi reverenciada pelo povo baiano. Sua iluminação elétrica foi inaugurada em 1903, com grande festa na cidade.


RUA COVA DA ONÇA - NAZARÉ
A clareza do batismo popular mais uma vez aqui se revela, embora não seja possível precisar quando teria sido ali enterrado algum felino daquela espécie, dando origem ao batismo.


RUA DIREITA DA PIEDADE - PIEDADE
É denominação tipicamente portuguesa, trazida do Reino, onde existiam lá àquele tempo inúmeros exemplos de batismos iguais. O adendo ao nome principal servia, portanto, para indicar as vias através das quais os moradores chegavam diretamente às edificações mais importantes do aglomerado urbano emergente. Esta via levava de forma direita à Igreja da Piedade, templo que também dá nome à praça que lhe fica em frente.


RUA DIREITA DE SANTO ANTÔNIO - CENTRO HISTÓRICO
Idem ao batismo acima. Esta via levava de forma direita à Igreja de Santo Antônio.


RUA DA FORCA - PIEDADE
O acesso à Praça da Piedade - hoje totalmente remodelada - se fazia pela Rua de Baixo de São Bento (atual Carlos Gomes). Por ali eram trazidos os condenados à execução, que ficavam encarcerados na parte inferior do prédio da Casa da Câmara e Cadeia (na Praça Municipal). O cortejo era feito a pé, com os condenados sendo confortados pelos padres, e grande acompanhamento popular. Ao chegar à altura de onde ainda hoje se encontra aquela rua, dobravam todos à esquerda e divisava-se, desde logo, aquele instrumento da justiça da época, instalado na Praça da Piedade. Assim é que, historicamente, a Rua da Forca é a rua que levava ao enforcamento.


RUA DA GAMBOA - CENTRO
(GAMBOA), é uma lagoa artificial à beira do mar ou rio para juntar peixes. Ali, na praia do Unhão, havia uma gamboa dos índios da aldeia de São Simão, aldeia essa localizada nas proximidades do hoje Passeio Público.


RUA GREGÓRIO DE MATOS - CENTRO HISTÓRICO
Batizada em homenagem ao poeta, popularizado pelo apelido de Boca do Inferno, nascido na Bahia em 1633.


RUA DA LARANJEIRA - CENTRO
Contava-se na época que nessa rua morava um padre cuja vida pessoal tinha irregularidades. Desconfiando de que era espionado por alguém que se escondia na laranjeira existente em seu quintal, numa certa noite decidiu derrubá-la. Ao fazer isso, veio ao chão, além da árvore, a (ave noturna), que nela se aninhava para lhe testemunhar sua vida íntima, ficando a rua conhecida pelo acontecimento como Rua da Laranjeira.


RUA DA MANGUEIRA - CENTRO
Originalmente o seu nome completo foi Mangueira da Mouraria, estando localizada nas proximidades deste largo.


RUA DAS MERCÊS - CENTRO
A origem do nome desse trecho da Avenida Sete de Setembro, está ligada a fundação, em 1744, nesse mesmo local, do convento dedicado a Nossa Senhora das Mercês.


RUA DA MISERICÓRDIA - CENTRO HISTÓRICO
É evidente que o batismo dessa rua se deve à presença ali, desde os primeiros tempos da colonização, da Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia.


RUA DA MOURARIA - CENTRO
Assim denominada por ter sido a primeira área destinada oficialmente para habitação dos ciganos que vieram degredados de Portugal para a Bahia, em 1718.


RUA DA PACIÊNCIA - RIO VERMELHO
Tem a sua origem na Fazenda Paciência, de propriedade de Francisco Pinheiro de Souza.


RUA POLITEAMA - CENTRO
Na área que hoje conserva seu batismo, localizou-se o Politeama Baiano, inicialmente apenas uma praça de touros, aberta ao público em 1882.


RUA DO PORTÃO DA PIEDADE - CENTRO
Um dos muitos acessos existentes entre a (povoação grande) e a região extramuros, e, a exemplo de tantos outros, guarnecido por um portão que era fechado pela necessidade de defesa e de controle de entrada e saída de pessoas. O portão existiu e o batismo, que sobrevive ainda hoje, lhe conta a história. O complemento (da Piedade) tem a sua origem na proximidade da Igreja da Piedade.


RUA DO TIRA CHAPÉU - CENTRO
Localizado ao lado da atual Câmara de Vereadores, ficava próxima à Casa dos Governadores. Ficou assim conhecida pelo hábito dos transeuntes em levantar o chapéu em sinal de respeito quando se defrontavam com a referida residência.RUA QUINTA DOS LÁZAROS - BAIXA DE QUINTAS

Antigamente teria sido um sítio de retiro dos padres jesuítas, e que era conhecido como Quinta dos Padres.

Créditos: Jornalista Luiz Eduardo Dórea.
Fonte: http://curtasalvador.com.br/layer/historiadasruas.htm

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